OXALA
É a representação do Trono Natural da Fé e seu campo de atuação
preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas
vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de
sentimentos de religiosidade.
Fé! Eis o que melhor
define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da
Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional.
Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina,
irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres.
lenda
Nos conta a historia que
Olódùmarè, entregou
a Oxalá o saco da criação para que ele criasse o mundo. Porém essa missão não
lhe dava o direito de deixar de cumprir algumas obrigações para outros Orixás e
Exu, aos quais ele deveria fazer alguns sacrifícios e oferendas.
Oxalá pôs a caminho
apoiado em um grande cajado, o Paxorô. No momento em que deveria ultrapassar a
porta do além, encontrou-se com Exu que, descontente porque Oxalá se negara a
fazer suas oferendas, resolveu vingar-se provocando em Oxalá uma sede intensa.
Oxalá não teve outro recurso senão o de furar a casca de um tronco de um
dendezeiro para saciar a sua sede.
Era o vinho de palma o
qual Oxalá bebeu intensamente, ficou bêbado, não sabia onde estava e caiu
adormecido. Apareceu então Olófin Odùduà que vendo o grande Orixá adormecido
roubou-lhe o saco da criação e em seguida foi a procura de Olodumaré, para
mostrar o que teria achado e contar em que estado Oxalá se encontrava.
Olodumaré disse então
que se ele esta neste estado vá você
a Odùduà, vá você criar o mundo. Odùduà foi então em busca da criação e
encontrou um universo de água, e aí deixou cair do saco o que estava dentro,
era terra. Formou-se então um
montinho que ultrapassou a superfície das águas.
Então ele colocou a
galinha cujos pés tinham cinco garras. Ela começou a arranhar e a espalhar a
terra sobre a superfície da água, onde ciscava cobria a água, e a terra foi
alargando cada vez mais, o que em Ioruba se diz IlE`nfê expressão que deu
origem ao nome da cidade Ilê Ifê.
Odùduà ali se
estabeleceu, seguido pelos outros Orixás e tornou-se assim rei da terra.
Quando Oxalá acordou,
não encontrou mais o saco da criação. Despeitado, procurou Olodumaré, que por
sua vez proibiu, como castigo a Oxalá e toda sua família, de beber vinho de
palma e de usar azeite de dendê. Mas como consolo lhe deu a tarefa de modelar
no barro o corpo dos seres humanos nos quais ele, Olodumaré insuflaria a vida.
OXALÁ
Um dia Oxalufam, que
vivia com seu filho Oxaguiam, velho e curvado por sua idade avançada, resolveu
viajar a Oyó em visita a Xangô, seu outro filho. Foi consultar um babalaô para
saber acerca da viagem. O adivinho recomendou-lhe não seguir viagem. Ela seria
desastrosa e acabaria mal.
Mesmo assim, Oxalufam,
por teimosia, resolveu não renunciar à sua decisão. O adivinho aconselhou-o
então a levar consigo três panos brancos, limo-da-costa e sabão-da-costa, assim
como a aceitar e fazer tudo que lhe pedissem no caminho e não reclamar de nada,
acontecesse o que acontecesse. Seria uma forma de não perder a vida.
Em sua caminhada,
Oxalufam encontrou Exú três vezes. Três vezes Exú solicitou ajuda ao velho rei
para carregar seu fardo, que acabava derrubando em cima de Oxalufam. Três vezes
Oxalufam ajudou Exú, carregando seus fardos imundos. E por três vezes Exú fez
Oxalufam sujar-se de azeite de dendê, de carvão, de caroço de dendê.
Três vezes Oxalufam
ajudou Exú. Três vezes suportou calado as armadilhas de Exú. Três vezes foi
Oxalufam ao rio mais próximo lavar-se e trocar suas vestes. Finalmente chegou a
Oyó. Na entrada da cidade viu um cavalo perdido, que ele reconheceu como o
cavalo que havia presenteado a Xangô.
Tentou amansar o animal
para amarrá-lo e devolvê-lo ao filho. Mas neste momento chegaram alguns súditos
do rei à procura do animal perdido. Viram Oxalufam com o cavalo e pensaram
tratar-se do ladrão do animal. Maltrataram e prenderam Oxalufam. Ele, sempre
calado, deixou-se levar prisioneiro.
Mas, por estar um
inocente no cárcere, em terras do Senhor da Justiça, Oyó viveu por longos sete
anos a mais profunda seca. As mulheres tornaram-se estéreis e muitas doenças
assolaram o reino. Xangô desesperado, procurou um babalaô que consultou Ifá,
descobrindo que um velho sofria injustamente como prisioneiro, pagando por um
crime que não cometera.
Xangô correu para a
prisão. Para seu espanto, o velho prisioneiro era Oxalufam. Xangô ordenou que
trouxessem água do rio para lavar o rei. O rei de Oyó mandou seus súditos
vestirem-se de branco. E que todos permanecessem em silêncio. Pois era preciso,
respeitosamente, pedir perdão a Oxalufam. Xangô vestiu-se também de branco e
nas suas costas carregou o velho rei. E o levou para as festas em sua homenagem
e todo o povo saudava Oxalá e todo o povo saudava Xangô. Depois Oxalufam voltou
para casa e Oxaguiam ofereceu um grande banquete em celebração pelo retorno do
pai.
O filhos de oxala:
As pessoas de Oxalá são
calmas, responsáveis, reservadas e de muita confiança. Seus ideais são levados
até o fim, mesmo, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e
projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas. São muito dedicados,
caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho.
Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.
Comidas:
Frutas , Canjica Branca
, uva branca, mel de abelha, água mineral, rosa branca,
A cor de Oxalá é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Os seus
filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a Oxalá os metais e outras
substâncias brancas.